terça-feira, 7 de abril de 2009

Clube se aproxima do 100º jogo de Libertadores

Da Toca II

João Marcos Dias

Clube com tradição na principal competição do continente, o Cruzeiro disputará nesta quarta-feira, contra o Estudiantes, na Argentina, sua 99ª partida de Copa Libertadores, que está na 50ª edição. Na 11ª vez que disputa o torneio, o time estrelado busca repetir as façanhas de 1976 e 1997, quando conquistou o título.

O jogo de La Plata pode marcar o 60º triunfo cruzeirense no certame. O Clube tem cartel de 59 vitórias, 16 empates e 23 derrotas na Libertadores. São 188 gols a favor e 102 contra. Considerado o critério atual de três pontos por vitória e um por empate, o aproveitamento celeste na competição é de respeitáveis 64,62%.

A estreia do Cruzeiro foi em 1967, na oitava edição do torneio. O time campeão da Taça Brasil de 1966 foi até Caracas enfrentar o Deportivo Galícia e venceu os venezuelanos por 1 x 0, gol do atacante Evaldo, no dia 19 de fevereiro de 1967. A campanha daquele ano seria encerrada na semifinal.

O Cruzeiro caiu em fase semelhante na segunda participação, em 1975. Foi vice-campeão em 1977, quando defendia o título do ano anterior, foi até as quartas em 2001 e parou nas oitavas em 1994, 1998, 2004 e 2008.

A força da camisa azul no continente não é por acaso. O aproveitamento do Cruzeiro no exterior é de 46,82%. São 17 vitórias, oito empates e 17 derrotas, com 58 gols marcados e 54 sofridos nas vezes em que a equipe cruzou a fronteira.

Em casa, tem sido difícil superar o Cruzeiro na Libertadores nos últimos 42 anos. Nos jogos como mandante, o Clube coleciona 39 vitórias, seis empates e apenas três derrotas. O ataque marcou 120 gols e a defesa sofreu 38.

O maior rival do Cruzeiro na competição é o Boca Juniors. O retrospecto entre dois gigantes sul-americanos é equilibrado. Em sete jogos na final de 1977, na primeira fase de 1994 e nas oitavas de 2008, são três vitórias para cada lado e um empate.

O recordista absoluto de jogos pelo Cruzeiro na Libertadores é o goleiro Raul, que atuou 40 vezes em 1967, 1976, 1976 e 1977. O maior goleador celeste na competição é Palhinha, que marcou 20 gols em 21 partidas em 1975 e 1976, impressionante média de 0,95.

O Cruzeiro teve o artilheiro do torneio em duas ocasiões. Palhinha foi o goleador na campanha do título de 1976, com 13 gols, e Marcelo Moreno em 2008, com oito, ao lado do paraguaio Cabañas, do América-MEX.

A maior goleada celeste aconteceu em 1976. O time celeste fez 7 x 1 no Alianza Lima, no em casa, dias após a morte de Roberto Batata, que vestia a camisa 7. A contagem acabou se tornando uma homenagem ao ponta-direita.

Por fim, o maior público do Cruzeiro como mandante foi na final de 1997. Em 13 de agosto daquele ano, 95.472 cruzeirenses pagaram ingresso para acompanhar a vitória por 1 x 0 sobre o Sporting Cristal e comemorar o bicampeonato.

Fábio mira marca importante

O jogo desta quarta-feira pode ser marcante para o goleiro Fábio. Se não sofrer gol, o camisa 1 completará o terceiro jogo consecutivo sem ser superado e igualará o recorde de Raul, que permaneceu invicto nas três primeiras partidas de 1977.

O arqueiro celeste está com média muito próxima à de Dida, a melhor de um goleiro do Cruzeiro na Libertadores. Em 1994, 1997 e 1998, ele disputou 24 jogos e sofreu 23 gols, média de 0,95. Fábio foi vencido 15 vezes em 14 jogos, ou 1,07 a cada 90 minutos
(Fonte de informação site oficial do Cruzeiro "www.cruzeiro.com.br")