domingo, 20 de fevereiro de 2011

Cuca valoriza triunfo e diz que Cruzeiro soube encontrar a vitória contra o Ipatinga

Para quem não acompanhou a partida entre Cruzeiro e Ipatinga, neste sábado, em Sete Lagoas, pela quarta rodada do Campeonato Mineiro BMG, ao saber que o primeiro tempo terminou com empate em 0 a 0, a tendência é achar que a equipe celeste encontrou dificuldades. E o pensamento está correto. Porém, a etapa inicial do jogo foi praticamente um duelo de ataque contra defesa, já que o adversário veio com uma proposta de marcação forte individual, que dificultou bastante as ações ofensivas cruzeirenses.

Para o segundo tempo, Cuca colocou jogadores de maior velocidade, como Wallyson e Farías, e deixou o Cruzeiro com mais opções, dificultando a marcação para o adversário. Resultado: dois gols logo nos primeiros minutos do segundo tempo e mais uma vitória celeste na temporada.

“De um ponto de vista tático, o Ipatinga veio para fazer uma marcação individual, no esquema 3-6-1. É difícil ter um controle do jogo. O gol vai sair em uma tabela rápida, ou numa bola parada. A marcação do Ipatinga estava muito precisa, encaixada. Se a gente faz um gol, desmontamos a estratégia do adversário. E não fizemos. Depois, demos uma mudada no esquema, sabendo que o adversário teria um desconforto até se encaixar taticamente outra vez. Não conseguiram marcar individualmente e, numa dessas, fizemos o gol com o Thiago. Foi um jogo bem jogado e a vitória foi merecida”, analisou o treinador.

Para Cuca, a proposta do Ipatinga para o duelo contra o Cruzeiro foi acertada, sabendo que a tendência era o time celeste ir para cima e procurar o gol a todo instante. No entanto, o treinador destacou, mais uma vez, a importância de ter peças no banco de reserva, que entram e modificam a situação de uma partida.

“Hoje a marcação é muito forte. O adversário marcou, eu faria o mesmo se fosse jogar contra o Cruzeiro. Marcaria e tentaria encaixar um contra-ataque para vencer o jogo. E nós fomos felizes, tivemos alternativas, com a colaboração dos jogadores, que entraram bem. Quando eles entram bem, as trocas são boas. Então, o mérito dessa vitória é todo deles”, disse.

Cuca lembrou que o Cruzeiro não atuou com um time reserva, e que não poupou jogadores. O que fez foi reunir aqueles que estavam em melhor condição, visto que a equipe vinha de um compromisso desgastante contra o Estudiantes-ARG na quarta-feira, e que terá outro duelo importante pela Copa Santander Libertadores, já nesta terça-feira, contra o Guarani-PAR.

“Gosto de sentir o momento do jogador. Hoje eu pus quem se sentiu bem para jogar. Aqueles que preferiram descansar, eu respeitei. Quando se faz um jogo bom, como o de quarta-feira, ele serve de parâmetro. E sempre serei cobrado por isso. E também vou cobrar por aquele jogo. Deu tudo perfeito hoje”, afirmou Cuca, que aguarda os jogos deste domingo para saber se o Cruzeiro se manterá na vice-liderança do Campeonato Mineiro BMG.

Artilheiro em 2010, Thiago Ribeiro volta a fazer gol e fica satisfeito com exibição

O atacante Thiago Ribeiro parecia estar se cobrando muito para voltar a ter as costumeiras apresentações com a camisa azul. Artilheiro da Copa Santander Libertadores do ano passado, com oito gol, do Cruzeiro no último Campeonato Brasileiro, também com oito gol, e do time celeste em 2010, com 21 gols no total, o jogador marcou pela primeira vez nesta temporada neste sábado, na vitória de 2 a 0 sobre o Ipatinga, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.

Porém, se para muita gente o que incomodava o atacante parecia ser a falta de gol em 2011, Ribeiro revelou que se cobrava para ter outra boa atuação com a camisa azul. Neste sábado, o atacante foi titular da equipe e fez o gol que abriu a vitória sobre o Ipatinga.

“Neste ano eu não tinha feito uma grande partida ainda. No meu entendimento, fiz um bom jogo contra a Caldense. Contra o Villa Nova, fui mais ou menos, até por causa do gramado ruim. Contra o Atlético-MG eu fui bem abaixo. Hoje (contra o Ipatinga) eu fui bem, consegui marcar o gol. Sei que posso melhorar, mas hoje o sol estava quente. Vou descansar para estar bem para o jogo de terça-feira, pela Libertadores”, disse.

Ribeiro explicou que, as dificuldades encontradas pelos atacantes para superar a marcação do Ipatinga no primeiro tempo, foram menores na segunda etapa graças aos jogadores com características de velocidade e movimentação que atuaram juntos. Para o duelo deste sábado, isso foi decisivo.

“A movimentação foi maior, com jogadores de mobilidade, como o Wallyson. Quando a movimentação é maior, a gente acha espaços para chegar ao gol. Foi bom, pois conseguimos criar várias chances, fizemos 2 a 0 e poderíamos até ter feito mais”.

Aplicação na goleada sobre Estudiantes-ARG vira ‘receita’ para seguir bem na Libertadores

Garra, determinação e vontade. Estas são algumas palavras que definem muito bem a boa atuação do Cruzeiro na estreia na Copa Santander Libertadores 2011, na última quarta-feira, quando a Raposa goleou o Estudiantes-ARG, por 5 a 0, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. A aplicação e o espírito de equipe foram tão evidentes que o time abriu o placar logo n primeiro minuto, e foi para o intervalo com a vitória parcial de 3 a 0.

“Tem que entrar assim sempre, em todos os jogos temos que entrar com aquela vontade de ganhar mesmo, todo mundo se ajudando. Quando estiver sem a bola, é marcar mesmo. Dá gosto ver o Roger e o Montillo ali na frente, mesmo não sendo jogadores de marcação, correndo, dando carrinho, ajudando... Fica até mais fácil para nós, que estamos atrás. Quando os caras chegam, a bola vem mascada, fica mais fácil para roubar a bola”, comentou o volante Marquinhos Paraná.

Wallyson comemora outra boa atuação e mais um gol com a camisa azul

Um dos destaques do time cruzeirense na goleada de 5 a 0 sobre o Estudiantes, da Argentina, na última quarta-feira, na estreia na Copa Santander Libertadores, com dois gols marcados, o atacante Wallyson voltou a ser decisivo neste sábado, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, na vitória de 2 a 0 sobre o Ipatinga, pelo Campeonato Mineiro BMG.

O jogador entrou no time para a disputa da segunda etapa, quando o jogo ainda estava empatado em 0 a 0, criou algumas boas oportunidades e ainda marcou o segundo gol da vitória azul. Satisfeito com outra boa atuação, Wallyson já pensa no duelo de terça-feira, contra o Guarani-PAR, pela Libertadores.

“Fico feliz, estou entrando nos jogos e fazendo os gols. É importante para um jogador que está buscando seu espaço na equipe. Agora vou descansar, pois teremos um jogo complicado na terça, pela Libertadores”, disse.

Sobre o fato de não ter conseguido se destacar no ano passado, durante a disputa do Campeonato Brasileiro, Wallyson explicou que não estava tão bem fisicamente quanto os demais atletas do elenco celeste, e que isso pesou bastante, além, é claro, de um problema familiar.

“Cheguei na metade do ano, depois da Copa do Mundo (da África do Sul), peguei os companheiros em condições muito melhores do que as minhas. Teve ainda o problema do meu pai, que faleceu e foi uma pancada muito forte, pois eu não esperava. Mas, neste ano, eu comecei o trabalho em janeiro, treinando forte com o grupo durante a pré-temporada, e as oportunidades estão vindo do Cuca”, comemorou.

Após baile, Cruzeiro prepara torcida para jogo de paciência contra Guaraní

A goleada por 5 a 0 aplicada sobre o Estudiantes elevou a auto-estima do torcedor e também sua expectativa quanto à participação do Cruzeiro na Copa Libertadores. Mas, às vésperas do duelo com o Guaraní do Paraguai, adversário teoricamente mais fácil, os jogadores celestes querem evitar qualquer clima de ‘já ganhou’.

O campeão do torneio Clausura do Paraguai já foi derrotado pelo Deportes Tolima por 1 a 0, na Colômbia, na primeira rodada do Grupo 7, e certamente adotará uma postura bastante defensiva na Arena do Jacaré, na próxima terça-feira, a partir das 19h15.

O meia Roger, autor do segundo gol sobre o Estudiantes, na semana passada, lembra que os argentinos vieram para jogar futebol e, esse detalhe, facilitou a estratégia do Cruzeiro de jogar nos contra-golpes.

Na terça-feira, será diferente. “Vai ser muito mais complicado. O jogo com o Estudiantes, apesar de ser um clássico sul-americano, o adversário vem para jogar bola também. E a gente fez um gol no início, fazendo com que a equipe argentina saísse e tentasse empatar o jogo. Quando tem um clássico, os times não jogam para empatar, para ficar só se defendendo. E acredito que esse time do Paraguai vai vir para se defender e para buscar um pontinho”.

Jogo de xadrez na Arena

O papel do torcedor contra o Guaraní será apoiar e compreender uma possível dificuldade para se marcar o primeiro gol. “A gente tem que ter paciência, trabalhar bem essa bola, rodar de um lado para o outro, e tentar fazer o gol o mais rápido possível, para que a partida se torne um pouquinho mais agradável. Contra time fechado é um jogo chato, o torcedor não gosta muito, mas a gente tem que passar por cima desses obstáculos”, acrescentou o meia.

Na preleção do Guaraní, o técnico argentino Carlos Compagnucci certamente mostrará aos seus jogadores o tape da vitória cruzeirense sobre o Estudiantes. Isso, na opinião de Roger, deve dificultar a partida para quem se destacou na última semana. “O time fez uma excelente apresentação, mas a gente sabe que isso não vai ser toda hora, principalmente porque as outras equipes, quando enxergam uma atuação nossa daquela maneira, começam a tomar as devidas precauções, marcações individuais, por setor, sempre mais forte”.

Thiago Ribeiro pede seriedade contra adversário teoricamente mais fácil na Copa Libertadores

Guaraní deve repetir time da estreia

O Guaraní deverá enfrentar o Cruzeiro na próxima terça-feira, às 19h15, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, pela segunda rodada do Grupo 7, com a mesma formação de sua estreia na Copa Libertadores, diante do Tolima, quando saiu batido por 1 a 0.

O técnico argentino Carlos Compagnucci deve escalar Pablo Aurrecochea, Eduardo Filippini, Micael Jordane, Federico Carballo e Elvis Marecos; Pedro Chávez, Ángel Ortiz, Miguel Paniagua e Jorge Mendoza; Julián Benítez e Pablo Caballero.

A delegação chegou a Belo Horizonte neste domingo, com 19 atletas.

Nesta segunda-feira, às 10h, está previsto um treino na Arena do Jacaré. (UAI)

Goleiros
Pablo Aurrecochea (1)
Joel Silva (12)

Defensores
Tomas Bartomeus (2)
Elvis Marecos (3)
Eduardo Filippini (4)
Federico Carballo (22)
Francisco Joel Benitez (13)
Ignacio Ithurralde (14)
Micael Jordane Modinger (19)

Meio-campistas
Angel Ortiz (5)
Jorge Mendoza (6)
Fabian Stark (15)
Pedro Chavez (8)
Osvaldo Hobecker (10)
Miguel Paniagua (16)

Atacantes
Pablo Caballero (11)
Luis Armando Ovelar (18)
Fabio Escobar (9)
Julian Benitez (23)

Cuca projeta jogo complicado contra os paraguaios do Guaraní, na terça-feira

Campeão do torneio Clausura paraguaio de 2010, o Guaraní é visto por muitos especialistas como o mais fraco componente do Grupo 7 da Copa Libertadores. Não para o técnico Cuca, do Cruzeiro, que projeta um jogo complicado nesta terça-feira, a partir das 19h15, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, pela segunda rodada da chave.

Cuca assistiu ao jogo do Guaraní contra o Deportes Tolima, quando os paraguaios foram derrotados por 1 a 0, e ainda recebeu informações detalhadas do coordenador técnico Emerson Ávila, que foi à Colômbia exclusivamente para preparar um relatório sobre os adversários.

A tendência na terça-feira é que o Guaraní venha muito fechado, o que tornará a partida um jogo de xadrez. “Pelo relatório que me foi passado, eles vêm com duas linhas de quatro, marcando bem atrás e saindo em contra-ataques, como a maioria das equipes jogam. Vamos também ter que elaborar uma maneira ideal de jogar, analisar bem. Até segunda-feira é treino em cima do Guaraní”.

Já contra o Deportes Tolima, em Ibagué, na Colômbia, o Guaraní teria mostrado virtudes dentro de sua proposta defensiva. “Ele sofreu um gol aos 43 do segundo tempo, num jogo muito igual em Ibagué. Então, vamos ter dificuldades, mas estamos confiantes de fazer mais um bom jogo e vencer”, ponderou o treinador cruzeirense.

Cruzeiro já treinou neste domingo, de olho em duelo com Guaraní pela Libertadores

Neste domingo, dia seguinte à vitória por 2 a 0 sobre o Ipatinga, pela quarta rodada do Campeonato Mineiro, os jogadores do Cruzeiro trabalharam normalmente na Toca da Raposa II. O foco do elenco já é o duelo de terça-feira, às 19h15, contra o Guaraní do Paraguai, em Sete Lagoas, pela segunda rodada do Grupo 7 da Copa Libertadores.

Quem enfrentou o Ipatinga fez atividades regenerativas, como de praxe.

Os demais atletas participaram de um treino técnico no campo. Destaque para os zagueiros Victorino e Gil, o volante Henrique, os meias Montillo, Roger e Gilberto, todos preservados pelo técnico Cuca para enfrentar os paraguaios na próxima terça-feira.

Roger destacou que o dia foi de trabalho intenso, pensando na Libertadores. “As pessoas que quando a gente não está jogando, que está de folga. E é o contrário. A gente treina em dobro para manter essa forma e, na terça-feira, estar inteiro, à disposição do treinador, quem sabe fazendo mais um grande jogo”.

O treinador não quis adiantar se o Cruzeiro repetirá contra o Guaraní a formação que iniciou frente ao Estudiantes na semana passada. “Vamos elaborar uma maneira ideal de jogar, analisar bem”.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

19 guerreiros são relacionados para jogo de sábado

O técnico Cuca divulgou na manhã desta sexta-feira, a lista com os 19 jogadores convocados para o jogo contra o Atlético-MG, que será disputado neste sábado, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, às 17h, em partida válida pela terceira rodada do Campeonato Mineiro BMG.

A novidade entre os relacionados ficou por conta da presença do meia Roger, que vem treinando normalmente junto ao grupo estrelado e tem totais condições de ir a campo no sábado.

O zagueiro uruguaio Maurício Victorino, o mais recente reforço do Cruzeiro para a temporada, não poderá estrear com a camisa celeste no clássico, em virtude da falta de tempo hábil para sua regularização junto a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

O atacante André Dias também desfalcará a equipe cinco estrelas. O atacante recupera-se de um estiramento muscular grau um na coxa direita, sofrido em um dos treinos da Toca II. O período previsto pelo Departamento Médico celeste para o retorno de Dias é de dez dias.

Preparação encerrada

O elenco estrelado realizou o último treino antes do jogo de sábado, no campo um da Toca da Raposa II. Cuca comandou um rachão em campo reduzido, sem esboçar o time titular. Após o treino, a delegação inicia a concentração para o clássico.

Confira a relação dos jogadores convocados

Goleiros: Fábio e Rafael
Laterais: Rômulo, Pablo e Diego Renan
Zagueiros: Gil, Edcarlos e Léo
Volantes: Henrique e Leandro Guerreiro
Meias: Gilberto, Montillo, Roger, Dudu e Pedro Ken
Atacantes: Thiago Ribeiro, Wellington Paulista, Reis e Wallyson

Pablo espera ter sucesso em sua estreia como titular no clássico

Ansioso. É assim que o lateral-direito Pablo está para a partida deste sábado, contra o Atlético-MG, às 17h, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, pela 3ª rodada do Campeonato Mineiro BMG. “Vai ser meu primeiro clássico como titular. Já tive o gostinho no ano passado, quando atuei na segunda parte, mas, infelizmente, saímos com a derrota. Este será o meu primeiro clássico como titular, espero que seja o primeiro de muitos, e espero que seja também a minha primeira vitória nos clássicos”.

Titular na vitória de 1 a 0 sobre o Villa Nova, em Nova Lima, na última rodada do Estadual, Pablo se diz pronto para mostrar que tem qualidade para estar no time titular.

“Aqui é Cruzeiro, é time grande, então, a cobrança vai existir sempre, em todos os setores. Temos que procurar trabalhar muito, treinar bastante, para chegar nos jogos e fazer bem. Contra o Villa Nova eu tive um pouco de dificuldades, pelo tamanho do campo, mas acredito que para o jogo contra o Atlético vai ser diferente”.

O jogador, que também atua como volante e lateral-esquerdo, quer aproveitar a oportunidade e se firmar na equipe de Cuca. “Estou disposto a atuar em qualquer posição. Mas já que a oportunidade apareceu na lateral-direita, e eu estou como titular, quero continuar trabalhando bem, vencer os jogos e me firmar como camisa 2 do Cruzeiro”.

Para o clássico deste sábado, Pablo conta com a força da torcida, que vai marcar presença na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. “O apoio da nossa torcida é fundamental. O jogo é jogado dentro de campo, mas a torcida incentiva muito”.

Liderança e ampliação da hegemonia são as metas do Cruzeiro no clássico

O Cruzeiro volta a campo neste sábado com a missão de manter a invencibilidade e assegurar a ponta isolada no Campeonato Mineiro BMG. O Melhor Clube Brasileiro do Século XX enfrenta o Atlético-MG na Arena do Jacaré, às 17h, em jogo válido pela 3ª rodada da competição estadual. A Raposa busca a vitória para estender o tabu de oito partidas sem perder para o rival mineiro.

O time celeste defenderá no clássico, uma invencibilidade que já dura três anos na competição estadual. Desde 2007 a Raposa não perde para o Atlético-MG em jogos válidos pelo Campeonato Mineiro. Foram oito confrontos, seis triunfos celestes e dois empates, aproveitamento de 83,33%. O último tropeço do time estrelado ante o rival ocorreu em 29 de abril daquele ano.

A Raposa está no co-liderança do torneio estadual, com seis pontos e 100% de aproveitamento, após conquistar duas vitórias em dois jogos. Até aqui, o ataque celeste marcou quatro gols nesta edição do campeonato, enquanto a defesa cinco estrelas não foi vazada.

O adversário possui os mesmos seis pontos e está embolado no topo da tábua de classificação, ao lado do Cruzeiro e Guarani, todos com a mesma pontuação. A equipe de Divinópolis leva vantagem no número de gols marcados, com sete tentos. O Atlético-MG balançou as redes por seis vezes, mas sofreu dois gols.

O técnico Cuca não fez mistério no que tange ao time que vai a campo. O comandante celeste comentou sobre a preparação realizada durante a semana que antecede o clássico regional e deixou claro que, após promover ajustes na equipe, o Cruzeiro está pronto para ir a campo e buscar a vitória.

“Fizemos coletivos, trabalhos técnicos e táticos, arrumamos algumas situações que a gente tinha que melhorar, e não tem segredo. A equipe é a mesma que jogou no domingo passado”, afirmou.

Em caso de triunfo, o Cruzeiro dispara na frente do adversário e pode se firmar na liderança isolada. Para tanto, precisa torcer para que o Guarani ao menos empate com o Uberaba, no jogo de domingo, no complemento da rodada.

CRUZEIRO X ATLÉTICO-MG

Motivo: 3ª rodada do Campeonato Mineiro BMG
Data: 12/02/2011 (Sábado)
Horário: 17h
Árbitro: Cleisson Veloso Pereira
Local: estádio Arena do Jacaré, em Sete Lagoas
Transmissão: Pay Per View

Diego Renan aposta no entrosamento para vencer mais um clássico

Com a maior parte dos atletas do time vice-campeão brasileiro do ano passado mantidos no Cruzeiro, o lateral-esquerdo Diego Renan aposta que o entrosamento pode ser uma das grandes virtudes do time celeste para o clássico deste sábado, contra o Atlético-MG, às 17h, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, pela 3ª rodada do Campeonato Mineiro BMG.

“A gente se conhece bastante, então, mantendo a equipe, o entrosamento é muito grande. No futebol, hoje, o coletivo faz muita diferença. A equipe está bem treinada, bem qualificada para fazer uma grande partida”, disse Diego Renan.

Oriundo das categorias de base do Cruzeiro, o lateral está acostumado a participar de clássicos. Renan ressalta que é um jogo diferente, do jeito que os jogadores gostam.

“Pois é, tanto na base quanto no profissional. É o jogo mais gostoso de jogar, a cidade para, fica aquela expectativa pela espera da hora do jogo, o coração acelera um pouquinho na hora da partida. É um jogo que mexe com todos os atletas, é muito bom. Espero ganhar mais um clássico”.

Diego Renan disse que a equipe celeste se preparou bem durante a semana na Toca da Raposa II, e acredita que o time está pronto para entrar em campo e apresentar um bom futebol para a torcida cruzeirense na Arena do Jacaré.

“Estamos muito tranquilos.. A equipe está bem concentrada, treinou firme esta semana com o pensamento de não errar na partida. Esperamos fazer um grande jogo e proporcionar ao nosso torcedor uma belíssimo espetáculo”.

Sócios inadimplentes voltam à ativa

O quadro de sócios do Cruzeiro teve um pequeno aumento nos últimos dias. Até o fim do ano passado, o clube tinha um número aproximado de 2 mil associados em dia com as mensalidades. Nesta sexta-feira, o diretor de marketing celeste, Marcone Barbosa, explicou ao Superesportes que atualmente o clube conta com aproximadamente 3.100 sócios aptos a ir ao estádio.

O clube está fechado a novas adesões desde o ano passado, por falta de estádio em Belo Horizonte, mas muitos torcedores inadimplentes, que não cancelaram suas assinaturas, voltaram a pagar a mensalidade neste mês, daí o aumento do número de sócios. Ao todo, o clube conta com cerca de 5 mil associados, que não desistiram oficialmente do projeto no ano passado.

“Temos um número de aproximadamente 5 mil sócios. Desses, cerca de 3.100 estão em dia com as mensalidades e aptos a ir ao clássico. Os demais podem voltar pagar as mensalidades a qualquer momento e garantirem seu direito”, explicou Marcone Barbosa.

Cruzeirenses tentam esquecer a Libertadores antes do clássico

Num período de cinco dias, o Cruzeiro terá dois dos jogos mais importantes do primeiro semestre. Neste sábado, o adversário será o Atlético, seu maior rival, em clássico válido pela terceira rodada da fase de classificação do Campeonato Mineiro. Já na quarta-feira, o time estreará na Copa Libertadores diante do Estudiantes, o maior concorrente no Grupo 7. Na Toca da Raposa II, os jogadores tentam pensar em um compromisso de cada vez, embora seja difícil.

“A temporada começa a esquentar. O ano começou no dia 5, quando nos apresentamos e começamos a treinar pensando no Mineiro e na Libertadores. Agora é hora de começar com tudo. Tem um clássico agora, já na quarta-feira tem a Libertadores, uma competição super difícil de disputar. A gente viu alguns jogos e os times não estão para brincadeira. Tem muita qualidade. Mas o nosso pensamento está no clássico e, a partir de domingo, a gente pensa no Estudiantes”, disse o lateral-esquerdo Diego Renan.

O atacante Wellington Paulista não vê relação entre um jogo e outro. Uma vitória ou um revés no clássico teria uma interferência mínima no duelo internacional de quarta-feira. “Porque é uma competição totalmente diferente, com uma motivação totalmente diferente, um pouquinho similar a um clássico, mas a Libertadores é totalmente diferente. Não vai influenciar em nada se vier uma vitória, uma derrota. A gente quer vencer o Atlético para ficar na frente na tabela, e o mais importante agora é vencer. Vamos em busca disso”.

Mas, dentro do clube, há quem discorde. O volante Leandro Guerreiro já vive o clássico e o duelo de quarta, pela Libertadores, com grande intensidade. “Acho que sim. O grupo pensa sim. Sabe que esse clássico é de extrema importância, e na quarta-feira a gente tem um jogo super decisivo, que estamos esperando há muito tempo. Se a gente sair vitorioso, com certeza a gente vai com mais moral ainda para começar a Libertadores com o pé direito”.

A vitória no clássico mineiro significará a manutenção da invencibilidade, dos 100% de aproveitamento e muito provavelmente a conquista da liderança do Mineiro. “É tipo uma decisão de campeonato, todo mundo quer ganhar, quer sair vencedor, porque vai criar moral na competição, vai criar corpo, ainda mais a gente que tem a Libertadores pela frente. Essa confiança cresce e quem ganhar vai sair bem renovado, e com muito mais força”, completa Guerreiro.

O que ninguém discorda é que foco é fundamental para vencer o clássico. “O clássico envolve bastante coisa. Poder ir bem leva confiança maior para o próximo jogo, mas a gente pensa primeiro no Atlético, que é um jogo chave. A gente espera fazer um excelente jogo, e seguir com a nossa caminhada, em busca dos nossos objetivos”, concluiu o zagueiro Leo.

Treinador pede paciência a quem fica fora até do banco de reservas no Cruzeiro

Ao relacionar 19 jogadores para o clássico deste sábado, contra o Atlético, pela terceira rodada do Campeonato Mineiro, o técnico Cuca precisou deixar fora até do banco de reservas jogadores importantes, como os atacantes estrangeiros Farías e Ortigoza, o meia Everton e ainda os zagueiros Naldo e Fabrício Carioca.

Alguns deles chegaram ao clube recentemente e perceberam que a entrada na equipe vai exigir muita paciência. É justamente isso que pede o técnico Cuca. A oportunidade pode surgir repentinamente.

O argentino Farías e o paraguaio Ortigoza, por exemplo, têm cinco concorrentes no ataque. Fabrício e Naldo tentam um lugar ao sol em meio a outros quatro defensores. Já o versátil Everton é um dos sete volantes do elenco.

Cuca admite que é comum ver jogadores cabisbaixos na Toca, com a sensação de falta de perspectiva. Nos bastidores, ele tem tentado dar ânimo a todos eles.


Enquanto Diego Renan e Pablo são titulares, Fabrício terá que esperar mais um pouco pela oportunidade no Cruzeiro
”Você não tem como ter 100% de todos eles, mas a gente vai tentar ser o mais justo, o mais correto com todos e isso serve para o próximo jogo também. Como a gente tem um grupo um pouco inchado ainda, é natural que alguns estejam num astral menos alto do que outros. E a gente tem que estar sempre dialogando, conversando, como eu estava falando hoje com o Fabrício zagueiro. É um menino que veio para nos ajudar na zaga e na lateral esquerda, e hoje eu tenho seis zagueiros. Jogam dois e um fica no banco. Três ficam fora. Hoje ficam fora o Victorino, o Fabrício e o Naldo. Mas hoje é uma situação, amanhã você pode reverter e você tem que estar pronto para jogar”, destacou o treinador.

Farías

Quem deve estar muito incomodado é o argentino Farías. O atacante não foi relacionado para nenhuma partida este ano. Nem mesmo para o amistoso contra o Uberlândia.

Farías terá que assistir ao clássico deste sábado pela televisão. “Dessa vez a gente preteriu o Farías, mas ele tem a nossa confiança, o nosso aval. É claro que o jogador ganha ou perde o espaço no campo de jogo e cabe a ele ganhar esse espaço no campo. Não tenho queixa nenhuma dele como profissional, é trabalhador exemplar, um dos primeiros que chega, um dos últimos a sair, é apenas opção do treinador”, disse Cuca, que levará Reis e Wallyson para o banco. “Não tem como eu pôr um terceiro atacante hoje (no banco) e ficar com um buraco no meio, se eu precisar de um meio-campista. A gente tenta organizar o banco da melhor forma possível, para quando você precisar das peças, você ter as opções”, acrescentou.

No caso de Ortigoza, Cuca o excluiu por entender que ele necessita aprimorar a forma. O jogador veio do futebol sul-coreano acima do peso. “Ele requer um tempo maior ainda para entrar numa condição física melhor, não tem uma data para dizer, vai depender da evolução dos treinamentos físicos e também a parte técnica. É um jogador que ficou 40 dias parado e não vai, em dez, 15 dias, recuperar toda a sua condição. É natural que se tenha paciência”

Thiago Ribeiro usa último clássico como lição e exige Cruzeiro a 200km/h na Arena

Assim como no returno do Brasileirão de 2010, o Cruzeiro entra no clássico com algumas vantagens: time todo à disposição, mais entrosado que o rival, e com torcida a favor. No entanto, naquela ocasião, foi o Atlético que saiu vencedor e complicou os celestes na luta pelo título. Jogadores como Thiago Ribeiro tiraram uma lição daquele fracasso, num momento teoricamente melhor, e vão para o duelo deste sábado, na Arena, cheio de precauções.

Segundo ele, o Cruzeiro entrou em campo no último clássico com excesso de confiança na vitória, pouco concentrado, e pagou um preço caro ao sair perdendo por 3 a 0. A reação foi insuficiente para evitar o revés por 4 a 3, em Uberlândia, com a torcida toda a favor.

Dessa vez, o espírito tem que ser outro. “Futebol é jogado dentro de campo. Todo mundo sabe que essa coisa de ‘estar conspirando a favor’ não funciona no futebol. No ano passado, o Cruzeiro era apontado com amplo favorito e fomos surpreendidos. Temos que ter isso como lição. Talvez a gente entrou muito mais ou menos no jogo, achando que a qualquer momento poderia vencer. E quando acordou, já era tarde. Temos que entrar a 200km por hora, não dar chances e conquistar essa vitória para o nosso torcedor”.

Na derrota para o rival por 4 a 3, Thiago Ribeiro foi o responsável pelos dois últimos gols do Cruzeiro. Neste sábado, ele quer marcar pela primeira vez na temporada e ajudar a manter a invencibilidade do time. “O ano está começando agora e agora é que você está adquirindo ritmo, a plena forma. Ter um clássico pela frente é bom, e é aí que você pode colocar em pratica tudo o que vem trabalhando. Nesses dois jogos do Mineiro eu não consegui marcar, no ano passado fui artilheiro, mas é começo, e na hora que o time mais precisar, vou conseguir fazer os gols. Tomara que seja agora, contra o Atlético, que eu possa ajudar o Cruzeiro a conquistar a vitória”.

Segundo o atacante, o clássico de agora é mais importante por preceder uma estreia na Copa Libertadores, na quarta-feira, contra o Estudiantes, o principal concorrente do Grupo 7.

“O clássico por si só motiva o jogador, todo mundo gosta de jogar clássico e, apesar de ser comecinho de temporada, a motivação por ser o clássico já existe e a motivação tem que ser maior, porque na quarta-feira a gente começa a nossa caminhada na Libertadores. Temos que ganhar mais moral para o jogo de quarta-feira, pela Libertadores”, disse Thiago Ribeiro.

Cuca relaciona Roger e mais 18 atletas para o clássico diante do maior rival

O técnico Cuca divulgou no final da manhã desta sexta-feira a relação dos atletas que vão disputar o clássico contra o Galo, válido pela terceira rodada do Campeonato Mineiro, neste sábado, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. O meia Roger foi a grande novidade da lista, depois de ficar fora dos dois primeiros compromissos oficiais do clube na temporada 2011.

Sem mistério, o treinador disse que o time não terá novidades e explicou a volta de Roger à lista."O Roger teve uma semana boa, começou um pouco debilitado em função de uma virose, mas está também na relação. Não tem mistério, o time é o mesmo do jogo com o Villa", afirmou.

A ausência mais notada voltou a ser a do atacante Farías, que ainda não entrou nos planos do treinador neste ano. O argentino também esteve fora das relações para as duas primeiras partidas do Estadual e do amistoso que o time disputou contra o Uberlândia, durante a pré-temporada.

O atacante Reis, que não integrou o elenco na rodada passada, diante do Villa Nova, voltou a figurar na lista de convocados, no lugar de André Dias, vetado pelo departamento médico.

A última atividade celeste antes do clássico não foi tática e nem técnica. Os jogadores participaram de um animado ‘rachão’, que contou com a presença do técnico Cuca no gol.

Confira a lista de relacionados para o clássico:

Goleiros: Fábio e Rafael
Laterais: Diego Renan, Rômulo e Pablo
Zagueiros: Edcarlos, Gil e Léo
Volantes: Henrique, Leandro Guerreiro e Pedro Ken
Meias: Montillo, Gilberto, Dudu e Roger
Atacantes: Thiago Ribeiro, Wallyson, Wellington Paulista e Reis

Cuca pede a cruzeirenses que entrem na luta do pequeno Arthur contra a leucemia

No começo da semana, o goleiro Renan Ribeiro e o atacante Diego Tardelli, do Atlético, abraçaram a causa do pequeno Arthur, de três anos, contra a leucemia. O garotinho está internado no Hospital das Clínicas, em Belo Horizonte, em busca de um doador compatível para realizar o transplante de medula óssea, e se curar do câncer.

Nesta sexta-feira, véspera do clássico, foi a vez de Cuca e todo o elenco do Cruzeiro aderir à campanha para salvar a vida do atleticano mirim. O treinador fez um apelo à torcida cruzeirense de todo o estado para fazer o teste de compatibilidade e abraçar a campanha.

As amostras colhidas podem servir ainda para ajudar outras 36 pessoas no estado que necessitam do transplante de medula óssea.

”Eu queria fazer um pedido para um guerreirinho, que é garotinho torcedor do Atlético, o Arthur Donancio. Esteve lá no hospital essa semana o Renan Ribeiro e o Diego Tardelli, pedindo que se tivesse um doador compatível,. e infelizmente não teve um doador compatível. Então, a gente está pedindo também à torcida do Cruzeiro, se tiver alguém que queira fazer esse teste, para ajudar essa criança de três anos, independentemente de ela torcer para o Atlético ou o Cruzeiro. É uma criança, um ser humano”, disse Cuca.

Para fazer o cadastro de medula óssea, basta comparecer ao Hemominas (Alameda Ezequiel Dias, 321 - 3248-4516 ) e ter entre 18 e 55 anos. São 5ml de sangue que podem salvar uma vida. “A nossa campanha chama '5ml de esperança', porque um simples exame de sangue pode salvar a vida de muitas pessoas. Quando está fazendo o exame, todo mundo está doando esperança”, disse o pai de Arthur, Guilherme Donancio.

Cuca pede a cruzeirenses que entrem na luta do pequeno Arthur contra a leucemia

No começo da semana, o goleiro Renan Ribeiro e o atacante Diego Tardelli, do Atlético, abraçaram a causa do pequeno Arthur, de três anos, contra a leucemia. O garotinho está internado no Hospital das Clínicas, em Belo Horizonte, em busca de um doador compatível para realizar o transplante de medula óssea, e se curar do câncer.

Nesta sexta-feira, véspera do clássico, foi a vez de Cuca e todo o elenco do Cruzeiro aderir à campanha para salvar a vida do atleticano mirim. O treinador fez um apelo à torcida cruzeirense de todo o estado para fazer o teste de compatibilidade e abraçar a campanha.

As amostras colhidas podem servir ainda para ajudar outras 36 pessoas no estado que necessitam do transplante de medula óssea.

”Eu queria fazer um pedido para um guerreirinho, que é garotinho torcedor do Atlético, o Arthur Donancio. Esteve lá no hospital essa semana o Renan Ribeiro e o Diego Tardelli, pedindo que se tivesse um doador compatível,. e infelizmente não teve um doador compatível. Então, a gente está pedindo também à torcida do Cruzeiro, se tiver alguém que queira fazer esse teste, para ajudar essa criança de três anos, independentemente de ela torcer para o Atlético ou o Cruzeiro. É uma criança, um ser humano”, disse Cuca.

Para fazer o cadastro de medula óssea, basta comparecer ao Hemominas (Alameda Ezequiel Dias, 321 - 3248-4516 ) e ter entre 18 e 55 anos. São 5ml de sangue que podem salvar uma vida. “A nossa campanha chama '5ml de esperança', porque um simples exame de sangue pode salvar a vida de muitas pessoas. Quando está fazendo o exame, todo mundo está doando esperança”, disse o pai de Arthur, Guilherme Donancio.

Técnico usa psicologia para motivar jogadores para o grande clássico

Um clássico, por si só, já motiva qualquer jogador. Mas, nesse começo de ano, o técnico Cuca considera importante usar um pouco de psicologia para deixar o grupo cruzeirense ‘ligado’ para o jogo mais importante do estado, contra o rival Atlético, marcado para este sábado, às 17h, em Sete Lagoas, pelo Campeonato Mineiro.

Até aqui, o Cruzeiro enfrentou apenas o Uberlândia, em amistoso, e a Caldense e o Villa Nova, pelo Estadual. Às vésperas de um confronto tão importante e cheio de rivalidade, um ‘choque de motivação’ é bem-vindo. Por isso, ele tem conversado individualmente com os atletas sobre a importância da partida.

”Quando você está jogando domingo e quarta, seguidamente, os próprios jogos te deixam mais amadurecidos para as situações, a ponto de você já estar calibrado para aquela situação, sem precisar da motivação. Mas quando você está no começo da preparação, com dois, três jogos, é diferente e acho que cabe uma motivação extra, até para relaxar mais o jogador. Gosto de trabalhar com a psicóloga, temos a nossa aqui, mas para esse jogo específico, acho que a conversa individual com o jogador é importante”, disse Cuca.


O 'frangueiro' Cuca em ação
O treinador procurou principalmente os atletas mais jovens, que não estão acostumados a disputar clássicos. A intenção é passar confiança. “Falei com alguns que não tinham tido uma experiência num grande clássico, o que significa, passar para ele a responsabilidade e também a tranquilidade. Não adianta só passar pressão, senão ele vai jogar o clássico travado. Ele tem que ter alegria de disputar um momento desse e é tão bom ter essa oportunidade. Ele tem que desfrutar esse momento”.

Psicologia também não faltou no último trabalho antes do clássico. Em vez de promover um treino tático e passar orientações, Cuca realizou um rachão e atuou como goleiro. “É bom estar em contato com o pessoal, poder tirar um pouquinho a tensão que a gente tem. O ‘dois toques’ tira a tensão, porque eles vão concentrar agora, vão jogar amanhã e não ficam pensando em outra coisa que não seja o jogo, o clássico, a necessidade de ter que ganhar. Então, com isso, eles ficam conversando em cima do rachão, justamente para ter assunto, quem foi o pior, quem foi o troféu abacaxi, quem foi o melhor, a defesa que o goleiro fez. Isso é bom ter no nosso ambiente”, destacou. (UAI)

Nove décadas de rivalidade e paixão

Cruzeiro e Atlético escrevem, neste sábado, às 17h, na Arena do Jacaré, um novo capítulo de uma história que completa 90 anos em 2011. Desde a primeira partida entre os clubes, em 1921, mais de 400 duelos foram travados, a maioria deles em Belo Horizonte, por torneios locais, regionais e nacionais. O primeiro foi um amistoso em 17 de abril de 1921, no antigo Estádio do Prado, em BH, onde hoje é o Batalhão da Polícia Militar, na rua Platina. Então Palestra Itália, o time cruzeirense venceu por 3 a 0, com dois gols de Atílio e um de Nani. Recém-criado, recebeu uma medalha de ouro pelo triunfo sobre o rival, fundado 13 anos antes e que na época dividia o posto de principal clube da cidade com o América.


"O jogo que mais me marcou durante meus 14 anos de Cruzeiro foi em 1967, quando perdíamos por 3 a 0 no segundo tempo, com um jogador a menos desde o primeiro tempo, o Tostão deixou a partida aos 5 minutos de jogo por contusão e mesmo assim empatamos"
Embora ainda não fosse o principal clássico de Belo Horizonte à época, o derby teve algumas importantes páginas de sua história escritas em sua primeira década. Foi em 1927 que o Atlético aplicou a maior goleada da história do clássico: 9 a 2, pelo Campeonato Mineiro, chamado Campeonato da Cidade. Na ocasião, o clube palestrino já estava eliminado do torneio e se vencesse provocaria uma decisão entre América e Atlético na última rodada. O Galo atropelou e ficou com o troféu. Anos mais tarde, em entrevista ao Estado de Minas, o atacante do Palestra, Ninão, alegou que os celestes teriam entregado a partida para evitar que o título ficasse mais uma vez com o América, então decacampeão mineiro, de 1916 a 1925.

Era apenas a primeira de muitas polêmicas que ocorreriam na história do clássico. A maior divergência até hoje está relacionada às estatísticas do duelo. De acordo com os números do Galo, foram 467 jogos, com 189 vitórias atleticanas, 123 empates e 155 triunfos azuis. Já nas contas do Cruzeiro são 449 confrontos, com 154 vitórias celestes, 119 empates e 176 triunfos do rival.

O desencontro se deve à política adotada pelos clubes. O Cruzeiro desconsidera amistosos e torneios extraoficiais disputados por times mistos, além de partidas com tempo regulamentar inferior a 90 minutos. Já o Atlético leva em conta os jogos nos quais os times estejam com uniforme oficial, haja arbitragem e seja respeitado o tempo definido pelo regulamento da competição em questão – nos primórdios, a duração das partidas, em alguns casos, era inferior a 90 minutos.

Com o Gigante, o clássico se agiganta


"No Mineiro de 1970, fizemos um grande jogo e a torcida do Atlético expandiu em alegria pois foi um desabafo. Havia muito tempo que o Galo não vencia o Cruzeiro. É muito bom fazer parte dessa história"
Até os anos 1950, o grande clássico da capital mineira era América x Atlético, times mais antigos e com maior número de títulos estaduais. Foi a partir dos anos 1960, com a inauguração do Mineirão, que o Cruzeiro roubou o posto do Coelho e passou a disputar com o Galo a hegemonia de Minas. Foi também com o Gigante da Pampulha que o clássico tomou grandes proporções de público e renda e passou a ter reconhecimento nacional. O primeiro duelo, em 24 de outubro de 1965, foi vencido pelo Cruzeiro por 1 a 0, com gol de Tostão, e assistido por 47.530 pagantes, público inimaginável para os padrões da torcida mineira à época.

Em pouco tempo, o clássico passou a ter média de público de aproximadamente 90 mil torcedores por partida. O ápice de bilheteria ocorreu no Mineiro de 1969, quando 123.351 pagantes viram o triunfo celeste por 1 a 0 – recorde de público pagante do Mineirão em toda a sua história.

Até mesmo nos jogos disputados no Gigante da Pampulha há diferença nas estatísticas. De acordo com o Cruzeiro, são 218 partidas, sendo 80 vitórias celestes, 69 empates e 69 derrotas. Para o Galo, foram 224 jogos, com 72 vitórias alvinegras, 71 empates e 81 derrotas.

Ídolos e jogos inesquecíveis


"Meu primeiro clássico, quando ganhamos de virada por 4 a 2 e eu marquei o gol da vitória, no Brasileirão, foi o início da grande identificação que tive com a camisa do Cruzeiro"
Nesses 90 anos, incontáveis craques mostraram seu talento no grande clássico mineiro. O cruzeirense Wilson Piazza disputou 47 – venceu 17, empatou 17 e perdeu 13. Apesar da experiência internacional e dos títulos da Copa do Mundo de 1970, da Libertadores de 1976 e do Brasileiro de 1966, ele confessa que enfrentar o arquirrival sempre teve sabor diferente. “Todo artista gosta de espetáculo com grande público e o clássico sempre carrega multidões aos estádios. Era o jogo que eu nunca queria ficar de fora, mesmo sabendo da dificuldade”.

O argentino Sorín, campeão da Liga dos Campeões pela Juventus e da Libertadores pelo River Plate, disputou oito jogos contra o Galo, também guarda boas recordações. “É um dos clássicos mais bonitos

"Sempre falo que não só fazer parte da história do clássico, mas da história do Atlético, é muito gratificante. Deixei o clube há quase 10 anos e, quando vou a BH, sou muito festejado pelo torcedor. São coisas que ninguém pode apagar"
que já presenciei, é um clássico nacional, mas é uma disputa de quem vai ser o dono da região. Meu primeiro jogo foi inesquecível, pelo Brasileiro de 2000, ganhamos por 4 a 2. Perdíamos de 2 a 0 e eu tive a felicidade de fazer o gol da virada”.

O ex-atacante do Galo Dario volta mais de 30 anos no tempo para relembrar seu clássico mais marcante. “Sem dúvida foi pelo Campeonato Mineiro de 1970, quando o Atlético ganhou de 2 a 1. O time do Cruzeiro era uma máquina. Tinha Raul, Natal, Dirceu Lopes, Zé Carlos, Tostão e Piazza. E o Atlético ganhou com dois gols de Dadá, né?”, brinca o jogador, autor de oito gols em 25 confrontos contra o time celeste.

Um dos ídolos recentes da torcida alvinegra, Guilherme balançou as redes cruzeirenses nove vezes com a camisa atleticana e também fez gol no Galo vestindo as cores celestes: marcou dois em partida pelo Mineiro de 2004. Ele, contudo, aponta os jogos pelas quartas de final do Brasileiro de 1999, quando defendia o alvinegro, como os mais especiais: “Principalmente pelas circunstâncias, pois falavam que o Atlético não tinha estrutura e tecnicamente o Cruzeiro era superior. Mas o nosso time estava unido. Por tudo isso e ainda valendo vaga em semifinal de Brasileiro foi inesquecível. Curioso que nesta semana gravei em DVD´s alguns gols que marquei, inclusive esses de 1999. Boas lembranças”.

Amigos, amigos, paixão à parte

A paixão de um torcedor pelo futebol quase sempre é algo inexplicável. Envolve discussões, brincadeiras, provocações sadias ou não, algumas brigas, troca de ofensas e muita vibração pelo gol de sua equipe ou pelo mau momento do adversário. O ideal seria que a situação se normalizasse depois, com a tranquilidade e a paz restauradas e tudo voltando a ser como antes. Principalmente, em um clássico como Cruzeiro x Atlético de hoje, às 17h, na Arena do Jacaré, pela terceira rodada do Campeonato Mineiro, em que as diferenças se intensificam e a relação entre grandes amigos deve ser mantida, sem que a rivalidade e a violência deem lugar ao respeito mútuo e à cordialidade.

Há quem tente limitar essa paixão ao campo de jogo ou às provocações dentro do limite do razoável. O professor universitário Carlos Magno Torres, de 54 anos, por exemplo, nutre há quatro décadas amizade com o advogado Caio Mário Mendonça, de 52. Eles se conheceram ainda na infância, quando estudaram no Colégio Arnaldo, jogaram partidas de futebol juntos, frequentaram os mesmos lugares. Porém, cada um seguiu sua profissão e escolheram times diferentes para torcer: Carlos é cruzeirense e Caio, atleticano. Eles sempre arrumam tempo livre para se encontrar nas segundas-feiras e contar as novidades da semana. Todavia, o assunto principal continua a ser o futebol: comentam as partidas de suas equipes, as principais jogadas e ainda sugerem soluções para o sucesso dos dois clubes no ano.

A convivência é muito tranquila. Cada um tem sua preocupação e trabalho, mas a vida de ambos está ligada, sobretudo pela rivalidade que cerca o esporte. Não há como evitar essa ou aquela provocação, mas a união e a felicidade falam mais alto. “Mantemos respeito um com o outro e somos gentis. A amizade prevalece. Nós discutimos futebol toda semana e continuamos sendo grandes companheiros”, diz Carlos Magno, fã do ex-zagueiro Luisinho, que passou por Villa Nova, Galo e Cruzeiro e disputou a Copa do Mundo de 1982. Ele conta que sua mulher é atleticana, mas não há brigas por causa de futebol: “Temos um trato. Eu vejo os jogos do Galo e ela assiste aos do Cruzeiro, mas ficamos calados”.

O professor e o advogado assistiram juntos a vários clássicos nos anos 1970 e 1980 – quando os ingressos para as torcidas de Raposa e Galo ainda não eram vendidos separadamente. Os dois amigos adoravam a geração de Palhinha, Dirceu Lopes, Natal, Dario, Luisinho, Reinaldo, que encantou os gramados mineiros. Atualmente, por causa da violência, eles preferem acompanhar os jogos pela TV e, em seguida, discutir os lances.

Caio lamenta o fechamento do Mineirão para reformas com vistas à Copa do Mundo de 2014. Ele não concorda com a realização de partidas na Arena do Jacaré: “Os ingressos são caros e o deslocamento até Sete Lagoas é longo. Os clubes perdem recursos, e o torcedor não vai ao estádio. Com isso, o futebol fica mais pobre e as equipes não têm como contratar bons jogadores, porque as rendas são baixas. Por isso, Cruzeiro e Atlético deveriam cobrar do governo o adiantamento das obras, pelo menos do Independência, que é a segunda casa do futebol em Belo Horizonte”.

SEGURANÇA Consciente da paixão do torcedor brasileiro pelo futebol, ambos têm a mesma opinião quando o assunto é garantir a segurança nos estádios: “As pessoas têm de reconhecer seus direitos, limites e obrigações, e o Estado deve fiscalizar tudo isso. Ele deve organizar para que haja o bem-estar de quem quer prestigiar o jogo. Além disso, o torcedor quer e tem direito de assistir a um bom espetáculo”, critica o atleticano.

Para evitar confusões entre torcidas organizadas e tragédias – como o assassinato do cruzeirense Otávio Fernandes, de 19 anos, em novembro do ano passado, depois de um briga com torcedores do Atlético, na Região da Savassi –, o professor cobra mais atitude das autoridades: “A sensação de impunidade prejudica o espetáculo. Com o respeito, tudo muda. Se tivermos esse olhar, a situação será diferente”.

Já o advogado cita alguns fatores que provocam violência nos estádios: “Rivalidade existe no mundo inteiro, em clássicos da Espanha, da Inglaterra e da Itália. O próprio clima de disputa, a impunidade, além do álcool e drogas, provocam a violência. É necessário que a Justiça faça sua parte, mantendo a ordem e condenando os que atrapalham a festa”, diz o advogado.

Em relação ao clássico de hoje, Carlos Magno não tem dúvida: “Vai ser 3 a 0 para o Cruzeiro, que tem de provar para o rival que é time de verdade”. Caio, por sua vez, prefere não opinar: “Clássico é clássico. Há muita rivalidade e equilíbrio”.