domingo, 25 de março de 2012

Renato Gaúcho relembra tempos de algoz do América e prevê clássico disputado

O torcedor cruzeirense com mais de 25 anos há de se lembrar da final histórica do Campeonato Mineiro de 1992. Embora não tenha sido contra o Atlético, o maior rival, os duelos contra o América foram eletrizantes. O Coelho, então na Primeira Divisão do futebol brasileiro, contava com jogadores como Euller e Robson, enquanto o clube celeste tinha o craque Renato Gaúcho.

Polêmico, o atacante prometeu marcar três gols na decisão do Campeonato Mineiro e cumpriu a promessa. Ele anotou todos os tentos da vitória por 3 a 2, no primeiro jogo da final, no Mineirão lotado, e marcou mais um no triunfo do segundo duelo, por 2 a 0, diante de 62.589 pagantes. O jogador comemorou todos eles com o dedo indicador sobre a boca, exigindo silêncio da torcida americana.

”Eu tinha prometido durante a semana que eu ia fazer gols e calar a boca deles. E espero que eles voltem domingo que vem (no segundo jogo da final) para dar mais renda”, disse o atacante à época, logo depois da vitória.

”Eu estava em grande fase individual também. Quando terminou a partida que eu fiz os três gols, tive que sair correndo para o aeroporto para pegar o avião, pois havia sido convocado para a Seleção Brasileira. Joguei pouco tempo no Cruzeiro, mas criei uma identificação enorme com a torcida, pois tínhamos uma boa sintonia nos jogos. Conquistamos títulos e eu fiz muitos gols”, completou.

De fato, Renato Gaúcho fez história no Cruzeiro em apenas quatro meses no clube. Foram dois títulos conquistados – o do Mineiro e da Supercopa – e média de um gol marcado por partida, em 18 jogos.

Torcida pelo Cruzeiro

Renato não esconde que torcerá pelo Cruzeiro no clássico deste domingo, às 16h, na Arena do Jacaré. Para ele, porém, o time de Vágner Mancini não terá vida fácil diante dos comandados de Givanildo Oliveira.

”Clássico não tem favorito, o Cruzeiro está crescendo, jogando bem, mas o América vai endurecer e tem um bom time. Claro que vou torcer pelo Cruzeiro, porque gosto do time, minha passagem pelo clube foi inesquecível. Mas não existe favoritismo para o jogo de domingo”, analisou.