sábado, 28 de março de 2009

Histórico recente mostra que vantagem do empate nem sempre é decisiva no Mineiro

Da Toca II

João Marcos Dias

Como terminou a primeira fase do Campeonato Mineiro em segundo lugar, o Cruzeiro convive com a possibilidade de não ter a vantagem do empate no caso de chegar à final. Desde que a atual fórmula de disputa passou a vigorar, em 2004, o desfecho da competição na maioria das vezes não reservou o título ao time de melhor campanha.

De 2004 a 2007, aquele que teve a vantagem do empate na finalíssima ficou com o vice-campeonato. A série foi quebrada pelo Cruzeiro no título de 2008.

Em 2004, o time celeste classificou-se para a fase final com a terceira melhor campanha e levou o título após vitória por 3 x 1 e derrota por 1 x 0 na decisão contra o Atlético-MG, que havia terminado a fase de classificação em primeiro.

No ano seguinte, foi o Cruzeiro quem passou à decisão com a vantagem do empate. E ela não impediu que o Ipatinga, vice-líder na primeira fase, fosse campeão depois de empate por 1 x 1 no Vale do Aço e vitória por 2 x 1 no Mineirão.

Em 2006, o Cruzeiro deu o troco. Teve a segunda melhor campanha na fase inicial e superou o Ipatinga com empate por 1 x 1 no Mineirão e vitória por 1 x 0 no Vale do Aço.

Em 2007, o Cruzeiro fez a melhor campanha novamente, mas levou a pior na decisão contra o rival Atlético-MG após derrota por 4 x 0 e vitória por 2 x 0.

A escrita que pesava contra os primeiros colocados foi superada pelo Cruzeiro no ano passado. Mesmo com a vantagem do empate ao seu lado, a equipe celeste goleou o Atlético-MG por 5 x 0 no jogo de ida e venceu o de volta por 1 x 0.

O histórico só vem a comprovar o que pensam o técnico Adilson Batista e seus comandados. A perda da liderança está longe de ter decidido o campeonato. O comandante celeste avalia que a competição é muito diferente daqui por diante.

"O histórico comprova que nem sempre o time que terminou em primeiro pode ganhar o campeonato. A partir de agora são jogos diferentes, de uma tensão maior, de mais concentração. No ano passado nós quebramos uma sequência e agora vamos tentar retomar a escrita. Primeiro pensamos no Tupi e depois nos outros adversários", afirmou Adilson.

O lateral-direito Jonathan, por sua vez, lembra que o poder de fogo do ataque pode ser decisivo no final. O Cruzeiro tem o melhor ataque do Mineiro, com 31 gols em 11 jogos.

"A gente ficou triste por ter perdido a liderança no final, depois de dez rodadas. Mas sabemos da nossa qualidade e temos condição de reverter esse quadro. Pensamos sempre em buscar o gol e acho que isso é mais importante que qualquer vantagem. Fizemos gols em quase todos os jogos do campeonato e temos o melhor ataque", disse.

(Fonte de informação site oficial do Cruzeiro "www.cruzeiro.com.br")