sábado, 12 de fevereiro de 2011

Técnico usa psicologia para motivar jogadores para o grande clássico

Um clássico, por si só, já motiva qualquer jogador. Mas, nesse começo de ano, o técnico Cuca considera importante usar um pouco de psicologia para deixar o grupo cruzeirense ‘ligado’ para o jogo mais importante do estado, contra o rival Atlético, marcado para este sábado, às 17h, em Sete Lagoas, pelo Campeonato Mineiro.

Até aqui, o Cruzeiro enfrentou apenas o Uberlândia, em amistoso, e a Caldense e o Villa Nova, pelo Estadual. Às vésperas de um confronto tão importante e cheio de rivalidade, um ‘choque de motivação’ é bem-vindo. Por isso, ele tem conversado individualmente com os atletas sobre a importância da partida.

”Quando você está jogando domingo e quarta, seguidamente, os próprios jogos te deixam mais amadurecidos para as situações, a ponto de você já estar calibrado para aquela situação, sem precisar da motivação. Mas quando você está no começo da preparação, com dois, três jogos, é diferente e acho que cabe uma motivação extra, até para relaxar mais o jogador. Gosto de trabalhar com a psicóloga, temos a nossa aqui, mas para esse jogo específico, acho que a conversa individual com o jogador é importante”, disse Cuca.


O 'frangueiro' Cuca em ação
O treinador procurou principalmente os atletas mais jovens, que não estão acostumados a disputar clássicos. A intenção é passar confiança. “Falei com alguns que não tinham tido uma experiência num grande clássico, o que significa, passar para ele a responsabilidade e também a tranquilidade. Não adianta só passar pressão, senão ele vai jogar o clássico travado. Ele tem que ter alegria de disputar um momento desse e é tão bom ter essa oportunidade. Ele tem que desfrutar esse momento”.

Psicologia também não faltou no último trabalho antes do clássico. Em vez de promover um treino tático e passar orientações, Cuca realizou um rachão e atuou como goleiro. “É bom estar em contato com o pessoal, poder tirar um pouquinho a tensão que a gente tem. O ‘dois toques’ tira a tensão, porque eles vão concentrar agora, vão jogar amanhã e não ficam pensando em outra coisa que não seja o jogo, o clássico, a necessidade de ter que ganhar. Então, com isso, eles ficam conversando em cima do rachão, justamente para ter assunto, quem foi o pior, quem foi o troféu abacaxi, quem foi o melhor, a defesa que o goleiro fez. Isso é bom ter no nosso ambiente”, destacou. (UAI)