terça-feira, 20 de abril de 2010

Presidente diz que derrota não é tragédia

O presidente celeste, Zezé Perrella, atendeu a vários pedidos de órgãos de imprensa e concedeu entrevista coletiva na Sede Administrativa do Barro Preto nesta terça-feira. Na primeira fala desde a eliminação no Campeonato Mineiro, o dirigente reconheceu que o time teve uma tarde ruim diante do Ipatinga, mas fez questão de dizer que o resultado não pode ser qualificado como trágico.

Perrella lembrou que o Clube nunca escondeu a prioridade dada à Copa Santander Libertadores, em detrimento ao Estadual. Não significa, contudo que o título Mineiro foi desprezado.

“Claro que queríamos ser campeões, mas não era nosso principal objetivo. Para mim, isso não é uma tragédia. Ser desclassificado na Libertadores, sim. Para mim seria muito pior. Perder uma final de Libertadores para o Estudiantes no Mineirão, isso que é tragédia. O resto não”, observou.

O dirigente assinalou que Corinthians, Flamengo e São Paulo, que também disputam a Libertadores, ficaram fora das decisões nos respectivos estados. “Nossa prioridade sempre foi a Libertadores. Se você pegar os brasileiros que estão na Libertadores, à exceção do Internacional, nenhum chegou à final, porque priorizaram”, comparou.

No entanto, Zezé Perrella admite que a escalação de um time misto para o jogo de volta da semifinal pode não ter sido a melhor escolha. A responsabilidade assumida por Adilson Batista logo após a derrota é dividida com a comissão técnica, a diretoria e a presidência do Clube.

“Eu não vou analisar o Adilson por um pseudo-erro de avaliação nesse jogo. Um erro de nós todos nós da diretoria, porque de uma decisão desse porte participamos todos nós“, afirmou.

“Foi um erro, não adianta querer tapar o sol com a peneira. Mas só percebemos que erramos depois que aconteceu. Ele (Adilson) pensava em poupar os jogadores e, se tivesse alguma dificuldade, no segundo tempo trocava. Foi o que ele fez. Só que ninguém jogou nada”, acrescentou.

O dirigente não isentou de culpa os jogadores, que para ele não corresponderam ao que se esperava. “Não é desculpa, porque o time que entrou em campo é muito superior ao do Ipatinga, e tomou um chocolate naquele jogo. Poderia ter sido de cinco, seis, se não fossem inclusive os erros do juiz”, disse.

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