sábado, 3 de novembro de 2012

Após anos de Lyon, veterano Cris busca se adaptar ao futebol turco

Com a experiência de quem tem 35 anos, sendo 24 dedicados ao futebol, Cristiano Marques Gomes, o Cris, ex-jogador do Lyon, Cruzeiro e Corinthians, passa por cima das situações complicadas que a vida e o futebol apresentam e se adapta às novas circunstâncias com a valentia de um defensor que já enfrentou alguns dos melhores atacantes do mundo. Depois de quase uma década de muitos títulos no clube que dominou o futebol francês neste início do século XXI, o jogador seguiu um caminho que tinha tudo para ser complicado, mas garante que já se sente pronto para os próximos dois anos de contrato no Galatasaray, líder do Camponato Turco. Nos quase dois meses de clube, já foi possível entender como funciona a paixão dos torcedores locais e traçar comparações entre a cultura brasileira e a turca. - Tive uma ótima proposta do Galatasaray, e vim. O clube tem torcedores fanáticos, igual aos times do Brasil. Eles vivem o futebol, aqui. Estou gostando muito, o clube é muito interessante, está jogando a Liga dos Campeões, o que foi muito importante para a minha decisão. Conquistei praticamente tudo na França, mas o clube aqui também é vencedor. Já arrumei casa, escola para as crianças e o único problema é a língua. Como falo pouco inglês, estou com um professor particular. Alguns jogadores falam francês, e o Felipe Melo e o Taffarel (treinador de goleiros) me ajudam muito também. Em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM, por telefone, Cris disse como foi a transição do futebol francês para o turco, revelou a vontade de voltar ao Brasil e o bom relacionamento com os jogadores brasileiros da época de Lyon. O camisa 3 também deu sua opinião sobre a confusão entre Alex, amigo dos tempos de Cruzeiro, e o Fenerbahçe, maior rival do Gala, apesar de afirmar que os únicos que podem falar sobre o assunto são os envolvidos. Conheço o Alex desde os 20 anos. Ele é um amigo e sempre nos falamos. Mas é chato ver tudo o que ele fez pelo clube, o quanto ele se doou e ver como foi a saída dele. Alguns dias antes, o clube o homenageou e depois o cara teve que sair pela porta dos fundos. Ninguém consegue entender muito bem o que aconteceu, só eles sabem. A imagem que ficou foi de falta de respeito e falta de reconhecimento pelo jogador que se entregou completamente ao clube. Cris é assim. Fala o que pensa, mas pondera os dois lados. Afinal, intempestividade é uma característica dos jovens, não de um veterano que chegou a seleção em 1999, com o técnico Vanderlei Luxemburgo, e defendeu a amarelinha por uma década.