Desafio celeste contra Vasco marca quatro meses de Roth na Toca e risco de demissão

No dia em que completa quatro meses de Cruzeiro, o técnico Celso Roth terá que comandar a equipe em uma partida que pode custar o seu emprego. Apresentado no dia 16 de maio, o gaúcho vive uma fase de cobranças na Toca. Pressionado pela falta de resultados positivos - de acordo com o discurso da diretoria -, o treinador pode perder o cargo em caso de derrota para o Vasco. Para o duelo às 16h deste domingo, em Varginha, o comandante pode contar com a volta de Ceará, que foi relacionado depois de seis jogos fora. A série de resultados negativos no Nacional causou uma reunião nessa sexta-feira no CT do Cruzeiro. A conversa teve a presença do diretor de futebol Alexandre Mattos e dos jogadores. O treinador da equipe ficou fora do encontro e participou de um bate-papo posterior com vários dirigentes azuis. Embora a entrevista de Gilvan tenha deixado a impressão que Roth pode sair em caso de derrota ante os cariocas, o comandante disse que confia em seu trabalho e não se sente pressionado. “Até porque houve insinuação por parte de vocês (imprensa) e até com lógica. Vocês estavam me dando fora do Cruzeiro, até antes do jogo com o Atlético. Se for viver de resultado, a convicção sobre o trabalho fica onde? Estou falando para vocês e torcedores do Cruzeiro. Quando eu cheguei aqui qual era a avaliação para o clube? O Cruzeiro está em oitavo e vive nesse sobe e desce desde o ano passado. Acho que o treinador vive de resultados, mas acima disso tem o trabalho feito. O time tem problemas e situações difíceis durante o campeonato. Apenas três times não estão em dificuldade, que são os líderes. Eu tenho convicção sobre o meu trabalho e não me sinto pressionado. O Cruzeiro está oscilando, mas vamos seguir o nosso trabalho enquanto a direção tiver a convicção dela”, frisou. Enquanto Roth é ameaçado, o adversário celeste tem um técnico em outro estágio. Contratado durante a semana, Marcelo Oliveira, ex-Atlético e Coritiba, fará sua estreia no banco de reservas cruz-maltino. Para Roth, ele tem tudo para se sair bem na Colina, mas a sequência negativa da equipe azul exige que o Cruzeiro tenha modificações em campo. “Conheço muito bem o Marcelo e ele tem tudo para fazer um grande trabalho no Vasco. Ele foi meu auxiliar no Atlético, mas quem tem que mudar é o Cruzeiro. Eu acho que quando falta equilíbrio em time grande como o Cruzeiro, tem que haver cobrança. A direção tem que mostrar que não está satisfeita. O treinador tem a sua parcela de cobrança, mas é bom que a direção sinta que os problemas existem. Não podemos deixar que a derrota vire rotina no Cruzeiro”, disse. Formação em campo A necessidade de mudanças citada pelo técnico pode levar a equipe a sofrer alterações. Além da possível volta de Ceará, o zagueiro Maurício Victorino pode aparecer como titular na defesa. O treinador sinalizou que espera mais de alguns atletas para ter uma formação ideal e não precisar modificar a equipe entre um jogo e outro. “Eu ainda não estou tendo o resultado técnico de alguns jogadores. Ainda estamos errando e por isso acontece essa oscilação”. A provável escalação celeste deve ser: Fábio; Ceará, Victorino (Thiago Carvalho), Mateus e Everton; Leandro Guerreiro, Charles, Tinga e Montillo, Wallyson e Wellington Paulista. Pelo lado vascaíno a grande baixa é Alecsandro, artilheiro do time. Ele está vetado para o embate e o time deve ir a campo com Fernando Prass; Jonas, Dedé, Fabrício e Wiliam Mateus; Nilton, Wendell, Felipe Bastos (Carlos Alberto) e Juninho Pernambucano; Éder Luís e Tenório. O Vasco é o quarto colocado na tabela e briga para continuar no G-4. O Cruzeiro realizou uma partida da competição no Sul de Minas. Como estava punido nas duas primeiras rodada, o time enfrentou o Sport em Varginha e venceu por 1 a 0 www.uai.com.br