domingo, 16 de setembro de 2012

Gilvan explica instabilidade: "tentamos formar equipe sem dinheiro em caixa"

O presidente Gilvan de Pinho Tavares assumiu o Cruzeiro no início desta temporada e precisou apagar o primeiro incêndio com um mês no cargo. Com dificuldade para arcar com a folha de pagamento, o clube atrasou o salário de jogadores e funcionários. A justificativa da nova diretoria era de que a administração anterior, formada pela família Perrella, não deixou recursos suficientes para quitar os pagamentos de janeiro. Após conseguir estabilizar as finanças, o mandatário reconhece que a montagem do time em 2012 ficou aquém do ideal por causa da falta de dinheiro. “Não aconteceu fato nenhum que pudesse solucionar a questão financeira. Durante muitos anos, os clubes só resolviam essa situação com venda de jogadores formados em casa para recuperar o caixa. Tentamos formar uma equipe sem dinheiro em caixa, e passamos dificuldades neste ano. Estamos lutando para manter as contas em dia, e no ano que vem esperamos mudar de ares com o Mineirão. Esperamos que na formação do plantel, tenhamos na equipe do ano que vem o perfil de jogadores que queiram deslanchar, fazer história no clube e que tenham valor econômico”. Para Gilvan, a solução para montar uma equipe competitiva em 2013 é o programa de sócio-torcedor. O mandatário também lamentou o período com jogos no interior, maior parte deles na administração Perrella, pois eles prejudicaram a arrecadação com bilheteria. “É preciso que as pessoas entendam que além de não ter jogadores que possam ser negociados, passamos dois anos difíceis jogando no interior. Para levar torcedores a Sete Lagoas era preciso cobrar ingresso barato e a gente não tinha lucro. Agora voltamos a ter uma arrecadação importante, no Independência, com média de 15 mil torcedores. Tivemos o retorno do nosso sócio de futebol. Tínhamos 20 mil em 2010 e temos mais de 12 mil sócios atualmente”, afirma. Com a punição da perda de seis mandos de campo, imposta pelo STJD, por causa dos incidentes do clássico contra o Atlético, o dirigente celeste teme que os associados se afastem do clube. “Agora temos que amargar alguns jogos no interior por causa da punição pesada do STJD. Eu peço ao nosso torcedor, sócio de futebol, que ele não se afaste por causa da punição. Não foi o clube que causou esse mal a ele. Eu peço para eles continuarem a pagar a cota em dia para que o Cruzeiro não sofra prejuízos, mantenha a folha em dia, e que o clube possa formar novo plantel para 2013. Que esse grupo seja de nível e tenha novos atletas. Eu tenho sentido que não houve baixa no pagamento das mensalidades e o sócio é a solução do Cruzeiro”, completou Gilvan. Perfil de 2012 Justamente pela dificuldade em caixa, o Cruzeiro apostou neste ano em jogadores mais velhos e donos dos próprios direitos. O clube fechou com 21 jogadores para a temporada e apenas três são titulares absolutos do time (Borges, Tinga e Ceará). Contratações do Cruzeiro na temporada: Tinga - volante Borges - atacante Ceará – lateral-direito Sandro Silva - volante Rafael Donato - zagueiro Fabinho - atacante Willian Magrão – volante Diego Arias - volante Alex Silva – zagueiro (está lesionado) Souza – meia Mateus - zagueiro Tiago Carvalho - zagueiro Charles – volante Marcelo Oliveira - volante Martinuccio* depende de liberação do DM para assinar contrato Contratados que já deixaram o clube: Gilson – lateral-esquerdo Jackson – lateral-direito Marcos – lateral-direito Rudnei – volante Amaral – volante Walter - atacante http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/cruzeiro/2012/09/15/noticia_cruzeiro,229016/gilvan-explica-instabilidade-tentamos-formar-equipe-sem-dinheiro-em-caixa.shtml