Equilíbrio na ordem do dia

Se o ataque do Cruzeiro tem sido destaque neste início da temporada – os 11 gols da equipe foram marcados por atacantes –, a defesa vem deixando a desejar. Nos cinco compromissos até o momento foram sete gols sofridos, sendo quatro em amistosos (três do América e um do Mamoré) e três em jogos pelo Campeonato Mineiro – na derrota por 1 a 0 para o Guarani e na vitória por 4 a 2 sobre o Nacional de Nova Serrana. A única oportunidade em que saiu de campo sem ter a meta vazada foi nos 3 a o sobre o Tupi, na Arena do Jacaré, pela terceira rodada do Estadual.

O técnico Vágner Mancini está atento a esses números. “Nesses últimos jogos, a gente tem a felicidade de poder dizer que a parte ofensiva da equipe evoluiu, estamos fazendo gol, o que era uma dificuldade nossa. Agora há a necessidade de acertarmos melhor o sistema defensivo, que, em determinados momentos, tem jogado muito em linha, dando chance aos adversários de usar as bolas em diagonal. Isso não pode acontecer”, analisa o comandante cruzeirense.

Ele vem usando os treinos desta semana para fazer as correções que julga necessárias. A intenção é que no jogo de amanhã, contra o Democrata, em Governador Valadares, pela quarta rodada do Mineiro, a Raposa já se mostre mais firme e consiga sair sem sofrer gols do Estádio Mammoudão.

“Precisamos ter o máximo de atenção ali atrás. Vamos procurar nos posicionar bem para não permitirmos que o adversário chegue ao nosso gol”, afirma o lateral-direito Marcos, quem tem na marcação a prioridade, apesar de ser eficiente nos cruzamentos para a área, como provou tanto diante do Tupi, colocando a bola na medida para Anselmo Ramon, quanto frente ao Nacional, servindo Wellington Paulista.

Segundo ele, as equipes do interior costumam se desdobrar quando enfrentam as da capital, o que vai requerer ainda mais concentração do Cruzeiro. Ainda que a Pantera tenha perdido as três partidas que disputou até agora no Mineiro, os cruzeirenses pregam muito respeito ao adversário e prometem não dar espaço na estreia do técnico José Maria Pena. “Não é porque estão na lanterna que teremos vida fácil. Ao contrário, eles devem apresentar até mais vontade para tentar se reerguer justamente contra uma equipe grande”, pondera o volante Marcelo Oliveira.