quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Dossiê gramados: clubes brasileiros investem em pisos mais resistentes

Muito se fala que jogadores como Pelé e Garrincha não teriam a mesma facilidade para se destacar no futebol atual, dado o grande equilíbrio físico. Mas a contrapartida tem em um dos seus argumentos o fato de que os dois craques desfilavam por gramados péssimos, com uma dificuldade muito maior de colocar as jogadas em prática. A preocupação com o cuidado aos campos é algo recente no Brasil, e o país, na busca pelo padrão europeu, ainda está longe do ideal. O ponto importante para a evolução dos pisos esportivos por aqui está no tipo de grama, muito mais resistente ao pisoteio.

Antigamente, predominava nos estádios do país a famosa grama de jardim, Batatais/São Carlos, que não suporta muito o desgaste e tem uma recuperação lenta. O castigo imposto por 22 jogadores durante uma hora e meia de uma partida era tratado com mais dificuldade, sem as técnicas evoluídas encontradas atualmente, e a grama, aos poucos, morria, formando grandes partes carecas.
- Era, literalmente, pasto aparado com um elevado grau de ervas invasoras. Campos duros, esburacados, com base argilosa - lembra Artur Melo, engenheiro agrônomo responsável pelo gramado do Engenhão, campo que só não está careca por ter um gramado mais resistente.